domingo, 11 de outubro de 2009

Pancreatite Aguda: o que mudou???


Resumo


Os autores realizam uma análise dos fatos mais importantes que aconteceram no decorrer das últimas décadas, com respeito à pancreatite aguda.

Introdução

A pancreatite aguda é uma doença que tem como substrato um processo inflamatório da glândula pancreática, decorrente da ação de enzimas inadequadamente e peripancreática, acompanhado de hemorragia e até necrose pancreática e peripancreática, acompanhado de repercussão sistêmica que vai da hipovolêmica ao comprometimento de múltiplos órgãos e sistemas e, finalmente, ao óbito.

Das contravérsias etiopatólógicas,das dificuldades diagnósticas e dos conflitos terapêuticos, resultou total impossibilidade na avaliação dos resultados.

Os últimos 30 anos foram pródigos com a pancreatite aguda. Na década de 70, Acosta e ledesma e Kelly resgataram a teoria da obstrução do confluente biliopancreático, destacando, assim, a litíase biliar como uma das maiores responsáveis pelos quadros de pancreatite aguda.



Fisiopatologia

Apesar dos estudos exaustivos, inúmeras lacunas persistem na fisiopatologia da pancreatite aguda.

Acredita-se que a exposição a um fator causal, como cálculos biliares, álcool e trauma, desencadeia uma cascata de eventos patológicos, resultando nas alterações locais e sistêmicas tão bem conhecidas.

Há mais de 100 anos, Chiari propôs que a ativação intrapancreática dos zimogênios resultaria em autodigestão pancreática. Hoje, aceita-se que essa ativação ocorre na célula acinar e que uma das enzimas ativadas, provavelmente a tripsina, determinaria a ativação de outras enzimas, ativando-se alterações já bem conhecidas (edema, fenômenos vasculares e hemorrágicos, necrose gordurosa do tecido pancreático e perioancreático), além de promover alterações a distância, por via sanguínea e linfática, principalmente sobre os pulmões e rins.



Diagnóstico

Nem sempre o quadro clinico da pancreatite aguda é característico, o que, por vezes, torna difícil o seu diagnóstico. É importante, pela freqüência, a dor abdominal, intensa, inicialmente epigástrica e irradiada para o dorso, em faixa ou para todo o abdome, elem de náuseas e vômitos, acompanhada de parada de eliminação de gases e fezes. O polimorfismo no quadro clinica de doença é o principal responsável pelo erro no seu diagnóstico

Dentre os exames laboratoriais, a dosagem da amilase sérica, proposta por Elman e col, em 1929, continua sendo os mais importantes recursos diagnósticos na pancreatite aguda.



Ruthe.

Nenhum comentário: