sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Síndroma da Imunodeficiência Adquirida : SIDA ou AIDS


A sida (Síndroma da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença não hereditária causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV - na língua inglesa) que enfraquece o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a nossa capacidade de defesa em relação a muitas doenças.
O doente infectado pelo VIH vai ficando progressivamente fragilizado e pode contrair várias doenças que o podem conduzir à morte. Estas doenças são designadas por “oportunistas”, uma vez que, por norma, não atacam as pessoas com um sistema imunitário saudável.
Quais são as formas de transmissão do VIH?
A transmissão sexual é a principal forma de transmissão em todo o mundo. As secreções sexuais de uma pessoa infectada podem, com grande probabilidade, transmitir o VIH sempre que exista uma relação sexual com penetração – anal, vaginal ou oral – sem preservativo. O risco associado ao sexo oral aumenta quando se verificam algumas infecções, nomeadamente úlceras bocais, gengivas inflamadas, garganta irritada ou gengivas a sangrar após escovagem ou utilização do fio dentário.
Outra via de transmissão é o contacto com sangue infectado, pelo que a partilha de seringas, agulhas, escova de dentes, lâminas de barbear e/ou material cortante com a pessoa infectada pelo VIH constitui risco de transmissão. Os utensílios e objectos mencionados, depois de utilizados, devem ser colocados em contentores rígidos com abertura e tampa (pode obtê-los nos centros de saúde) ou, então, em garrafas de água ou sumo vazias, de material rígido e grosso, que também são excelentes para este fim. Embora represente um risco menor, não devem ser partilhados objectos cortantes onde exista sangue de uma pessoa infectada. É o caso, por exemplo, dos piercings, instrumentos de tatuagem e de furar as orelhas e alguns utensílios de manicura.
Da mãe para o filho durante a gravidez, parto e/ou amamentação. Se a mãe estiver infectada pode transmitir a infecção ao bebé durante a gravidez, através do seu próprio sangue, ou durante o parto, através do sangue ou secreções vaginais. Há ainda o risco de contágio durante o período de aleitamento. Sempre que haja alternativas à amamentação, esta deve ser evitada.
Da saúde da futura mãe dependerá a saúde da criança. Assim, é muito importante que, antes e durante a gravidez, a mulher seja acompanhada regularmente pelo seu médico assistente. Todas as mulheres grávidas têm direito a usufruir do Serviço Nacional de Saúde, onde os serviços de vigilância materna são prestados gratuitamente.
Quando a mãe é seropositiva, as terapêuticas anti-retrovíricas, ministradas durante a gravidez, permitem a redução do risco do seu bebé nascer infectado.
Como não se transmite o VIH?


  • Através do ar, alimentos, água, picadas de insectos e outros animais, louça, talheres, sanitas ou qualquer outro meio que não envolva sangue, esperma, fluidos vaginais ou leite materno;


  • Através da urina, suor, lágrimas, fezes, saliva, secreções nasais ou vómitos, desde que estes não tenham sangue misturado;


  • Através de contactos sociais, como o beijo na face, um abraço ou um aperto de mão.

Quais são as pessoas potencialmente mais vulneráveis?


  • As pessoas sexualmente activas que têm relações sexuais não protegidas.Os jovens, por terem relações espontâneas e apreciarem as frequentes mudanças de parceiros, são o grupo mais vulnerável, excepto se procurarem manter relações sexuais protegidas (preservativo) desde o início da relação.
    As drogas injectáveis são utilizadas sobretudo por esta faixa etária e, no trocar de seringas e agulhas, pode estar também o perigo de contaminação.


  • A propagação do VIH junto das pessoas que se prostituem e indivíduos que recorrem ao sexo pago também é preocupante. Trata-se de uma população com grande mobilidade, sobretudo imigrante e, muitas vezes, em situação irregular no país. A presença de problemas de toxicodependência também é comum.
    Há ainda a considerar o receio da discriminação por parte dos profissionais de saúde que, com frequência, não estão preparados para lidar com populações com estilos de vida considerados socialmente desajustados, dificultando assim o acesso das prostitutas e prostitutos aos centros de saúde.


  • As populações móveis, por exemplo, camionistas de longo curso, trabalhadores sazonais, operários da construção civil e militares, podem adoptar comportamentos de risco, fruto da vulnerabilidade psíquica e económica provocada por prolongadas e frequentes ausências do seu meio.


  • Os utilizadores de drogas injectáveis.


  • A população prisional também está amplamente infectada.


  • Minorias e migrantes.


  • A epidemia da sida já mostrou que todos têm de se prevenir: homens, mulheres, casados ou solteiros, jovens e idosos, todos, independentemente da cor, raça, situação económica ou orientação sexual.

Quem deve fazer o teste diagnóstico do VIH?
Todos devem fazer o teste.
É importante fazer o teste de diagnóstico sempre que se tem dúvidas sobre a possibilidade de estar infectado pelo VIH ou se pensa engravidar e se:


  • Manteve relações sexuais sem preservativo;


  • Houve partilha de seringas, agulhas ou outro material na injecção de drogas;


  • Fez uma tatuagem ou um piercing e o material não estava devidamente desinfectado;


  • Teve contacto directo com o sangue de outra pessoa;


  • Pensa engravidar ou se está grávida.
    Como se trata a sida?
    Em Portugal, a terapêutica anti-retrovírica é universal, gratuita e de distribuição hospitalar.
    Quais são as doenças mais frequentes num doente com sida?
    A tuberculose é uma das doenças infecciosas mais frequentes em Portugal e, em muitos casos, afecta a pessoa infectada com VIH. É uma doença contagiosa, pode infectar outras pessoas, mas existe tratamento. É um tratamento longo, mas os medicamentos são gratuitos e distribuídos no Centro de Doenças Pneumológicas da sua área de residência.
    Dado que a bactéria da tuberculose pode desenvolver resistência aos medicamentos e estes deixarem de fazer efeito, é importante que não falhe nem interrompa o tratamento.
    A sida tem cura?
    A sida caracteriza-se por uma quebra do sistema imunitário do organismo e, por este motivo, as infecções de ordem geral não podem ser combatidas eficazmente. Actualmente, a cura não é possível. A única medida eficaz para combatê-la, presentemente, é a prevenção.

    Nome: Ana Carolina

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