Malária é uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical. Também conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã, o vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite.
O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem. Geralmente é a fêmea que ataca porque precisa de sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos. Depois de picar um indivíduo infectado, o parasita desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e, quando alcança as glândulas salivares do inseto, está pronto para ser transmitido para outra pessoa. Transmissão:
A transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
Sintomas: Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
Recomendações
• Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;
• Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
• Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
• Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico; • Nunca se automedique.
UMA CURIOSIDADE:
Um fármaco antioxidante oferece proteção contra formas mortais de malária.
Esta descoberta tem implicações diretas no tratamento desta doença devastadora, uma das principais causas de mortalidade a nível mundial, causada pelo parasita Plasmodium.
A hemoglobina liberta os seus grupos heme (quatro centros de ferro através dos quais o oxigênio se liga á hemoglobina) e são estes grupos que causam os sintomas graves de malária. Os cientistas mostram que ratinhos infectados com Plasmodium produzem níveis elevados da enzima hem – oxigenase – 1 (HO-1), que degrada os grupos heme livres e, deste modo, protege ratinhos infectados das formas mais graves de malária. Além disso, o efeito da enzima HO-1 pode ser mimetizado por administração, a ratinhos infectados, do fármaco antioxidante N-acetilcisteína (NAC).
O efeito antioxidativo da enzima HO-1 faz parte do sistema de defesa natural do hospedeiro, contra o parasita da malária. Confere uma forte proteção contra a doença, sem, surpreendentemente, interferir diretamente com o parasita. Em alguns casos, é a própria reação do hospedeiro contra o parasita que leva à morte do primeiro.O efeito protetor da enzima HO-1 permite que a resposta do hospedeiro leve à morte do parasita. Esta observação abre caminho a terapias alternativas que, ao contrário dos tratamentos existentes, não interfiram diretamente com o parasita e reforçam o estado de saúde do hospedeiro. “Esta terapia será eficaz para proteger contra formas graves de malária, salvando vidas, tudo sem favorecer o aparecimento de estirpes de parasitas resistentes”.
Essa é uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência, e o seu principal participante é Miguel Soares.
Nome: Vanessa Kelly
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