quarta-feira, 23 de setembro de 2009

TUBERCULOSE PULMONAR

  É uma infecção causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch, que costuma afetar os pulmões mas pode, também, ocorrer em outros órgãos do corpo, mesmo sem causar dano pulmonar, sendo mais comum nas áreas do mundo onde há muita pobreza, promiscuidade, desnutrição, má condição de higiene e uma saúde pública deficitária.No Brasil, em 1996, 5.928 mortes foram oficialmente atribuídas a tuberculose - valor este, certamente, subestimado. Em 1998, ocorreram no Brasil 51,3 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes. A situação no norte e nordeste do país é mais grave, por serem regiões socioeconomicamente desfavorecidas. Esta doença tem incidência elevada em áreas confinadas como prisões, lares de idosos e quartéis.


Costuma-se adiquirir a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta micobactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo.
Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contato com o germe.
Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer:
1.O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;
2.A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;
3.A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;
4.A ativação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por reativação endógena).
Existe também a tuberculose pós-primária a partir de um novo contágio que ocorre, usualmente, por um germe mais virulento (agressivo).
 


Da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões existem muitos bacilos;


Da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar, cantar ou espirrar;


Das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o contágio;


Do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente.


Devemos lembrar que a intensidade do contato é importante. A pessoa de baixa renda que vive no mesmo quarto de uma casa pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose pulmonar, está mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contato eventual ou ao ar livre com um doente.
Por outro lado, os bacilos que são depositados pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e outros não representam um risco para transmissão da doença.
 
Morar em região de grande prevalência da doença; Ser profissional da área da saúde; Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis; Ser negro – a raça negra parece ser mais suscetível à infecção pelo bacilo da tuberculose; Predisposição genética; Idade avançada; Desnutrição; Alcoolismo; Uso de drogas ilícitas; e outros fatores podem facilitar o surgimento da doença.



Tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro; pode ter sangue no escarro ou tosse com sangue puro; febre;suor excessivo à noite; perda de peso;perda do apetite; fraqueza.


O diagnóstico presuntivo é feito baseado nos sinais e sintomas relatados pelo paciente, associados a uma radiografia do tórax que mostre alterações compatíveis com tuberculose pulmonar. O exame físico pode ser de pouco auxílio para o médico.
Já o diagnóstico de certeza é feito através da coleta de secreção do pulmão. O escarro (catarro) pode ser coletado (de preferência, pela manhã) ao tossir. Devem ser avaliadas, inicialmente, duas amostras colhidas em dias consecutivos. Podem ser necessárias amostras adicionais para obtenção do diagnóstico. Encontrando o Mycobacterium tuberculosis está confirmada a doença.
Outro teste utilizado é o teste de Mantoux, que pode auxiliar no diagnóstico da doença. É feito injetando-se tuberculina (uma substância extraída da bactéria) debaixo da pele. Se, após 72-96h, houver uma grande reação de pele, significa que pode haver uma infecção ativa ou uma hipersensibilidade pela vacinação prévia com BCG feita na infância. Então, este exame não confirma o diagnóstico, mas pode auxiliar o médico.


O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. O tratamento inicial (preferencial), chama-se RHZ e inclui três medicações: rifampicina(R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z). É muito eficaz. A cura usando o esquema RHZ por 6 meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde, aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou seja, todos os dias.
o tratamento é ambulatorial na maioria dos casos – feito com o paciente em casa, devendo ter a supervisão de um agente comunitário 3 vezes por semana nos primeiros dois meses de tratamento e depois uma vez por semana até o final do tratamento. Por outro lado, há situações onde a internação se faz necessária:
Esta internação deverá durar somente até a solução do problema que a motivou. Geralmente, o tratamento dura seis meses, mas, em casos especiais, pode ser mais longo. Nos primeiros dois meses, são utilizadas as três medicações juntas. Já nos últimos quatro meses, são utilizadas a rifampicina associada a isoniazida. O motivo da utilização de mais de uma medicação contra o mesmo germe é que a taxa de resistência do microorganismo a este esquema tríplice é baixa. Os medicamentos agem em lugares diferentes, de maneira sinérgica. No caso de gestação, o tratamento não deve ser alterado. Deve ser realizado o esquema RHZ com duração de seis meses.
Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vômitos e dor abdominal. As pessoas com maior chance de desenvolver alguma toxicidade com o tratamento são os alcoólatras, os desnutridos, os HIV positivos, aqueles com doença crônica do fígado, pessoas com mais de 60 anos ou em uso de medicações anticonvulsivantes.
Qualquer efeito colateral causado pela medicação deverá ser comunicado para o agente comunitário, médico ou membro da equipe que acompanha o paciente. Além do esquema de tratamento RHZ, existem outros esquemas (com outras combinações de medicações) que podem ser utilizados em situações especiais ou nos casos de falência com o tratamento de primeira linha (preferencial).
Nos pacientes com insuficiência dos rins, a dose de alguns medicamentos terá de ser ajustada. Para os diabéticos dependentes da insulina, o acompanhamento rigoroso dos níveis da glicose no sangue será importante para um bom desfecho e o tratamento deverá durar 9 meses. Ajustes também poderão ser necessários naqueles com doença crônica do fígado.


 Nome: Ana Carolina

terça-feira, 15 de setembro de 2009

HEPATITE B



É causada por hepadnavirus ou vírus do DNA de cadeia dupla envelopado. O DNA viral não se duplica diretamente em sua replicação. E utilizado a enzima transcriptase reveza,produzindo o DNA dos novos vírus a partir do DNA mensageiro. Os sinais clínicos de infecção varia muito e a maioria dos afetados são casos assintomáticos. Os sintomas quando ocorrem são: perda de apretite, febre baixa de dores nas juntas, posteriormente pode ocorrer icterícia. O vírus pode causar hepatite crônica e câncer do fígado. A transmissão dar-se por transfusão de sangue ou contato com feridas corporais( saliva, sêmen, entres outros) contaminados.Nao há tratamento, mas como prevencao pode pode-se utilizar uma vacina produzida por engenharia genética. Dentre as medidas preventivas destaca-se o uso da camisinha nas relações sexuais, o não compartilhamento de objetos como laminas de barbiar, escova de dente e seringas, não utilização de agulhas de tatuagem e de equipamentos de piercing não devidamente esterelizados , a não utilizacao de sangue devidamente testado para transfusões.

Nome: Maria do Socorro

MALARIA




Malária é uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical. Também conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã, o vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite.
O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem. Geralmente é a fêmea que ataca porque precisa de sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos. Depois de picar um indivíduo infectado, o parasita desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e, quando alcança as glândulas salivares do inseto, está pronto para ser transmitido para outra pessoa.
Transmissão:
A transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
Recomendações
• Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;
• Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
• Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
• Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico;
• Nunca se automedique.
UMA CURIOSIDADE:
Um fármaco antioxidante oferece proteção contra formas mortais de malária.
Esta descoberta tem implicações diretas no tratamento desta doença devastadora, uma das principais causas de mortalidade a nível mundial, causada pelo parasita Plasmodium.
A hemoglobina liberta os seus grupos heme (quatro centros de ferro através dos quais o oxigênio se liga á hemoglobina) e são estes grupos que causam os sintomas graves de malária. Os cientistas mostram que ratinhos infectados com Plasmodium produzem níveis elevados da enzima hem – oxigenase – 1 (HO-1), que degrada os grupos heme livres e, deste modo, protege ratinhos infectados das formas mais graves de malária. Além disso, o efeito da enzima HO-1 pode ser mimetizado por administração, a ratinhos infectados, do fármaco antioxidante N-acetilcisteína (NAC).
O efeito antioxidativo da enzima HO-1 faz parte do sistema de defesa natural do hospedeiro, contra o parasita da malária. Confere uma forte proteção contra a doença, sem, surpreendentemente, interferir diretamente com o parasita. Em alguns casos, é a própria reação do hospedeiro contra o parasita que leva à morte do primeiro.
O efeito protetor da enzima HO-1 permite que a resposta do hospedeiro leve à morte do parasita. Esta observação abre caminho a terapias alternativas que, ao contrário dos tratamentos existentes, não interfiram diretamente com o parasita e reforçam o estado de saúde do hospedeiro. “Esta terapia será eficaz para proteger contra formas graves de malária, salvando vidas, tudo sem favorecer o aparecimento de estirpes de parasitas resistentes”.
Essa é uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência, e o seu principal participante é Miguel Soares.

Nome: Vanessa Kelly

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Hanseniase



Doença causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, Mal-de-lázaro, mal-da-pele ou mal -do - sangue. Não é uma doença hereditária. A forma de transmissão é pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera bacilo no ar e cria a possibilidade de contágio. Porém, a infecção dificilmente acontece depois de um simples encontro social. O contato deve ser íntimo e freqüente.
Sintomas

Aparecimento de caroços ou inchados no rosto, orelhas, cotovelos e mãos.
Entupimento constante no nariz, com um pouco de sangue e feridas.
Redução ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor a ao tato.

Manchas em qualquer parte do corpo, que podem ser pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas.
Partes do corpo dormentes ou amortecidas. Em especial as regiões cobertas.
Como tratar:
O tratamento da hanseníase é fornecido gratuitamente pelo governo a todos os doentes. Recebe o nome de poli quimioterapia (PQT), porque é composto por 2 ou 3 medicamentos, de acordo com a forma clínica da doença.
Nas formas paucibacilares (poucos bacilos), que acometem pessoas mais resistentes à doença, são utilizados 2 medicamentos durante seis meses. Os multibacilares (muitos bacilos), que têm menos resistência à hanseníase fazem o tratamento com 3 medicamentos, por 12 ou 24 meses.
O tratamento é seguro e apresenta ótimos resultados, principalmente quando é realizado sob supervisão médica regularmente.
TESTE:
Um teste simples pode ser feito para a verificação da alteração na sensibilidade. Pode ser feito com um alfinete, e com a pessoa que está sendo examinada de olhos fechados ou sem olhar para a região do teste.
A pele deve ser tocada suavemente na área suspeita de dormência e na pele sadia. Quando a pessoa sente de forma diferente o toque da ponta do alfinete ou não sente na área da mancha, pode se tratar de um caso de hanseníase.
Outra forma é alternar toques com a ponta ou a cabeça do alfinete e pedir para quem está sendo examinado dizer, sem olhar, se foi um toque com a ponta ou a cabeça. Se houver dormência ou diminuição da sensibilidade a pessoa terá dificuldade em diferenciar os dois toques.
Nestes casos, a pessoa deve procurar um posto de saúde na região onde mora para um exame mais completo.
Obs. (Atenção: tocar suavemente! Cuidado para não espetar ou furar a pele!).







Síntese: Vanessa Kelly